Teoria da Evolução: Porque não devemos acreditar

05:02 Herbster 0 Comentarios



"Fingir que a evolução é uma questão de fé pode ser uma maneira inteligente de jogá-la em uma falsa dualidade contra a religião".

Na verdade, se olharmos o suficiente para trás, além de sermos todos parentes, também somos parentes de todas as outras espécies vivas, incluindo as plantas e animais que “assassinamos” para comer todos os dias.

A humanidade, afinal, é apenas um ramo na grande árvore da vida, e há um ancestral comum entre eu, você e todos os seres da Terra.

Sendo assim, é compreensível que a evolução seja tão mal entendida, uma vez que as suas regras estão em vigor, pelo menos, desde que a vida começou no planeta, o que é muito tempo.

Apesar de a teoria ter sido proposta por Darwin em 1859, a evolução é algo que existe desde sempre e a geologia, a biologia, a antropologia, a datação por carbono e cada osso de dinossauro já encontrado proporcionam uma enxurrada ininterrupta de evidências que a comprovam.

Simplificadamente, o que sabemos é que:

Genes, armazenados em cada célula, codificam as características dos seres vivos, como cor dos olhos, susceptibilidade a doenças e um zilhão de outras coisas que fazem de você, você;
A reprodução envolve a cópia e a recombinação desses esquemas, o que é complicado, e erros acontecem;
Os erros (mutações) são repassados no código genético para gerações futuras, como uma mancha em uma fotocópia que passará a existir em todas as cópias posteriores;
Este código modificado pode (mas não sempre) produzir novas características em gerações sucessivas: um dedo extra, sangue mais fino, perna maior etc;
Quando essas novas características são vantajosas (pernas longas em gazelas, por exemplo), organismos sobrevivem e se reproduzem a uma taxa mais elevada do que a média, e quando são desvantajosas (crânios frágeis em pica-paus), os organismos sobrevivem menos e se reproduzem a uma taxa mais baixa.


Isso é apenas uma ideia geral do que significa “evoluir”, que não é sempre sinônimo de “melhorar” no que diz respeito a biologia, e sim de se “adaptar”. Conforme características vantajosas se tornam a norma dentro de uma população e características desvantajosas são eliminadas, cada tipo de criatura gradualmente se transforma para melhor se encaixar em seu ambiente.

Isso tudo acontece a um ritmo incrivelmente lento, o que torna difícil para as pessoas de compreender intuitivamente. Quando você só vive o suficiente para ver três ou quatro gerações – quase nada em termos de evolução -, quaisquer pequenas mudanças geracionais, como a humanidade ficar marginalmente mais loira ou mais alta, são diminuídas por diferenças nos membros entre qualquer geração.

Mas a evolução não precisa ser sempre lenta. A natural é, mas a artificial não. Nós fazemos “evolução” o tempo todo. Você já viu morangos em estado selvagem? São coisas tão pequenas que mal a vemos, a não ser que você seja um pássaro ou uma abelha. Nós criamos morangos para serem grandes e gordos permitindo que somente as sementes dos maiores e mais gordos morangos de cada geração se reproduzam. De forma semelhante, manipulamos quase todos os outros alimentos “naturais” que comemos hoje.


Os cães são ainda outro exemplo de evolução artificial: nós inventamos o cão, começando com os lobos e acelerando o processo natural da evolução através da seleção de reprodutores com características desejáveis, acentuando traços particulares em populações sucessivas. Poodles, rottweilers, labradores – são todos arte dos seres humanos, que usaram manualmente o mecanismo da evolução.

Você pode achar incrível, estranho, divertido ou mesmo impossível – não importa. Aconteceu, acontece e vai continuar acontecendo.

Chegamos ao ponto que aborda o título desse artigo. “Acreditar na evolução” não existe. A evolução existe, e você não precisa acreditar nela para isso.

Por que você tem dentes caninos afiados? Um apêndice? Pelo em seus braços? Se o seu corpo foi projetado para seu uso atual, há muita ineficiência em jogo, não? Se parece que estamos em processo de nos tornar menos “bestiais”, digamos assim, é porque estamos.

Então, se alguém lhe perguntar: “Você acredita em evolução?”, isso não é bem uma pergunta. É como questionar: “Você acredita em azul?”.


Fingir que a evolução é uma questão de fé pode ser uma maneira inteligente de jogá-la em uma falsa dualidade contra a religião. Ninguém que acredita em Deus ou qualquer outro ser questiona a existência das cores, da gravidade e de milhares de outros fenômenos físicos ou científicos de maneira geral. Por que questionar a evolução, então?

Pior, por que condená-la, enquanto comem seus morangos e levam seus cães para passear todos os dias?

Não há nenhuma razão para que as pessoas de fé rejeitem as montanhas de dados e evidências sobre a evolução. Conciliar é fácil: acredite, se você quiser, que Deus estabeleceu as regras da evolução entre as suas maravilhas, junto com as leis da física, da probabilidade e de tudo o mais que podemos ver e medir por nós mesmos.

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